A crescente globalização dos negócios e a forte concorrência empresarial fazem com que a internacionalização seja uma parte fundamental da estratégia de muitas empresas. Mas quando decidem avançar para os mercados externos, as instituições devem saber que vão enfrentar novas lutas.
Se está a pensar em internacionalizar a sua empresa ou em exportar o seu produto coloque a si mesmo estas cinco perguntas, recomendadas pela AIECP, antes de tomar uma decisão.
1. Onde devo apostar?
A estratégia de internacionalização varia de empresa para empresa e depende do modelo de negócio. O facto de uma empresa do mesmo setor decidir exportar para o Brasil, por exemplo, não significa que outra empresa do mesmo segmento aposte no mercado brasileiro. As decisões devem ser tomadas partindo das orientações estratégicas e da análise interna. Além disso, é fundamental a empresa conhecer bem o mercado onde pretende instalar-se. Não se guie pelas histórias de sucesso ou insucesso dos outros. A gestão da organização deverá analisar cuidadosamente o potencial e as limitações dos diferentes mercados, bem como as possibilidades de estabelecimento de relações de cooperação com parceiros nos países de destino.
2. Quais são as vantagens da internacionalização?
Com a crise, muitas empresas apostaram no mercado internacional como forma de fintar a quebra das vendas e da faturação no mercado nacional. A diversificação de fontes de receita é assim uma das grandes vantagens da internacionalização. A entrada em mercados mundiais permite ainda maximizar o volume de vendas; beneficiar do efeito escala e da diversidade de economias – nomeadamente pela minimização do risco de investimento.
3. Tenho condições para internacionalizar os meus produtos/serviços?
O fato de haver oportunidades em alguns mercados não significa necessariamente que a sua empresa esteja em condições de tirar partido. Por exemplo, uma empresa que não disponha de competências tecnológicas e comerciais não reúne as condições para ter sucesso no processo de internacionalização. Pare e reflita sobre algumas questões internamente. Por exemplo, analise se tem capacidade para modificar as características do produto para o adaptar às normas e interesses locais ou se consegue responder na entrega de produtos.
4. Quem são os meus potenciais parceiros?
Feiras e conferências internacionais são excelentes eventos para contactar com outras empresas que operam nos mercados externos. Quanto maior for o número de sinergias, a nível da criação de parcerias internacionais, obtenção de licenças, aproveitamento de canais de distribuição internacionais, mais fácil será o seu caminho.
No entanto, tenha cuidado com os contatos estabelecidos nestes eventos. Não se deixe deslumbrar por parceiros que parecem ter um forte intenção de “agarrar” o seu projeto e que irão ajudá-lo a entrar no novo mercado. Obtenha referências e conheça melhor os contactos estabelecidos e os possíveis parceiros.
5. Quais os custos associados?
Antes de avançar faça as contas. Não seja demasiado otimista. O investimento num novo mercado é, por norma, elevado e exige alguns sacrifícios. Sendo que o retorno desse investimento pode demorar a chegar. Faça um plano de negócios detalhado, considere todas as variáveis e não se esqueça de contabilizar também os custos adicionais com o transporte e armazenamento dos produtos. Preveja ainda no seu orçamento os custos associados com situações de emergências e burocracias, de forma a antecipar dificuldades da estrutura no futuro e a viabilidade do projeto nos mercados externos.
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